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Não vou à Missa porque quem eu vejo lá é pior do que eu

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Já ouvi alguém dizer: “Não vou à missa porque quem eu vejo lá é pior do que eu…”.
Confesso que essa fala me incomoda por três motivos:

Primeiro: – Se a pessoa não frequenta as missas, como ela poderia saber sobre quem vai ou deixa de ir?

Segundo: – Atrás desta suposta “coerência de vida” esconde uma baita injustiça. Quem a deu o direito de julgar, se o outro é pior ou melhor do que ela? Afinal, ninguém é bom juiz em causa própria…

Terceiro: – Há uma visão distorcida do que seja a celebração da missa.

A missa não pode ser vista como uma ceia dos anjos, pois a condição humana é bem diferente da condição angelical. Jesus não veio salvar os anjos, pois esses não precisam de salvação. Ele veio para nos salvar e não teve vergonha da nossa condição de fraqueza.

No Evangelho (Mc 2, 13-17), após o chamado de Mateus, Jesus participa de uma ceia em sua casa. Na ceia, os amigos de Mateus estão presentes. Mateus era cobrador de impostos, profissão que era considerada impura pelos judeus. Certamente, outros cobradores de impostos compareceram à ceia e fizeram companhia a Jesus. Os “puros de plantão” logo o acusaram de misturar-se com os pecadores. Eles se esqueceram de que Jesus estava cumprindo sua missão. Ele veio para salvar os pecadores! Os justos, ou os que se consideram como tais, “não precisam” da salvação.

O que percebemos na celebração da missa é algo parecido: Jesus se oferece e se dá, novamente, aos pecadores, começando pelo padre. Por isso, a missa começa com um pedido de perdão: Ato penitencial… Por isso, o padre lava as mãos antes das ofertas enquanto reza: Senhor, lavai-me, das minhas culpas e purificai-me do meu pecado… Por isso, o povo afirma, antes da comunhão: – Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada…

Depois de tudo isso, como não compreender que a missa é o encontro de uma assembleia santa e pecadora com o Santo dos Santos? Jesus tem paciência conosco que somos pecadores e está disposto a nos dar o seu perdão, quantas vezes forem necessárias. Com os fariseus, daquele tempo, que se consideravam justos, Ele teve muitos problemas. Infelizmente, o farisaísmo existe, ainda hoje. Se os pecadores frequentam as missas, os fariseus modernos não se misturam com eles. Tem linha direta com Deus. Mas, esse, com certeza, não é o Deus misericordioso revelado por Jesus!

Fonte: http://www.padregabriel.com.br/home/informar/410/0/

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