Segundo o canal de notícias francês BFM, foi detido um homem que estaria envolvido no incêndio da Catedral de Nantes. Esta pessoa era um voluntário que teria recebido ordens para fechar a igreja na véspera do incêndio. Estão sendo feitas investigações sobre o caso, mas o promotor Pierre Sennès afirmou que “qualquer interpretação que possa implicar o envolvimento desta pessoa no que aconteceu é prematura e precipitada”.
Sennes anunciou que será feita uma investigação por incêndio criminoso, mas até o momento não foi encontrado “nenhum sinal de entrada forçada”. O Primeiro Ministro Jean Castex e vários ministros foram imediatamente ao local, prometendo que o Estado fará todos os esforços para a reconstrução e para esclarecer o caso. As chamas – circunscritas pelos bombeiros – se desenvolveram perto do órgão, que ficou destruído, e em ambos os lados da nave.
Segundo as primeiras reconstruções as chamas se desenvolveram por volta das 7h30 da manhã. Logo depois os habitantes da área deram o alarme: através da janela rosácea gótica, viram o impressionante fogo dentro da catedral. Cerca de 100 bombeiros vieram de toda a região, os primeiros não hesitaram em arrombar a porta para intervir imediatamente. Todos os esforços foram concentrados no objeto de maior risco, o grande órgão que havia pegado fogo primeiro. Em seguida, cuidaram de proteger as obras de arte que enriquecem as paredes da catedral.
Em um comunicado, a Conferência Episcopal Francesa deu voz aos sentimentos de todos os católicos do país, salientando que “após o incêndio de Notre-Dame em Paris em abril de 2019 e o desta mesma catedral em Nantes em 1972, não é apenas uma parte do patrimônio religioso que é destruído, mas também um símbolo da fé católica que é danificada, ferindo o coração de todos aqueles para quem estes edifícios são lugares de oração, abrigos espirituais, pontos de referência para sua fé”.
Os bispos franceses convidam os católicos franceses a se unirem em oração em apoio aos católicos de Nantes e comunicaram que, de Bruxelas, o Presidente da República, Emmanuel Macron, falou com o Presidente da Conferência Episcopal da França, Dom Eric de Moulins-Beaufort, exprimindo “sua compaixão”. “Macron quis expressar o vínculo que une a comunidade nacional com a comunidade católica diante deste novo drama”.