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Bispo remove padre desobediente e o Vaticano confirma

A notícia é do ano de 2012, mas vale para ilustrar a gravidade de alguns atos, o dever do Bispo, a ousadia de alguns e a conduta do Vaticano para episódios do tipo. E ainda: algumas pessoas usam da distância física entre a maioria dos países e o Vaticano como argumento de que erros não são punidos, pois “Roma está muito longe”. Mas decisões assim demonstram como isso é enganoso e até pueril para ser pensado.

Na Diocese de Belleville (EUA), um sacerdote do clero local inventava orações a gosto próprio e fazia gestos estranhos durante as celebrações em sua igreja, algo não permitido pela Liturgia, à qual ele prometeu obediência no dia de sua ordenação sacerdotal. Foi para evitar erros e improvisos de pouca confiança que a Igreja passou a publicar os livros com as orações litúrgicas. O Bispo diocesano, Dom Edward Braxton, soube. E não soube apenas uma vez do que não se tratava apenas de um episódio único: durante 5 anos ele recebeu denúncias.

Em novembro de 2011, como advertência indireta, Dom Braxton aproveitou o contexto do uso do novo Missal Romano em inglês e disse ao seu clero que os fiéis têm direito de assistir a uma missa católica. Isto é, que nenhum sacerdote deveria desobedecer as normas litúrgicas, que indicam a melhor e mais perfeita forma de prestar culto a Deus, durante a maior oração que podemos fazer: a Missa. Foi em vão: o padre continuou com suas atitudes. Até que não restou outra coisa ao Bispo senão suspendê-lo do uso das ordens sagradas, o que aconteceu em julho de 2012. Ou seja, o padre não teve mais permissão do Bispo de administrar licitamente, e sem pecar contra Deus, os Sacramentos em nenhum lugar do mundo, a menos que recebesse permissão em outra diocese (o que não acontece). Ele também perdeu o cargo na paróquia. Embora o simples processo tenha seguido o curso normal (primeiro advertência e só depois a pena canônica), o sacerdote apelou à Congregação para o Clero, querendo que o Cardeal-Prefeito interviesse na decisão, alegando abuso do Bispo.

O Cardeal-Prefeito respondeu por meio de carta. Na época, a Congregação para o Clero era presidida pelo Cardeal Mauro Piacenza. No texto, Sua Eminência frisou que os textos litúrgicos não são apenas uma rica fonte para o alimento espiritual dos fiéis, como também expressam profundamento a comunhão da Igreja. Qualquer desvio das normas e dos textos litúrgicos aprovados constituem um enorme dano à vida da Igreja.

E ainda, a respeito da decisão do Bispo de Belleville, as penas aplicadas cessarão. Desde que reconheça seu erro e formalmente prometa que se conformará aos ritos e às rubricas da Sagrada Liturgia, estabelecidos pelas autoridades competentes. Um ato que, felizmente, confirmou a decisão acertada de Dom Braxton. O sacerdote ainda teria direito de recorrer, mas não quis fazê-lo.

Este episódio demonstra o que também pode fazer um Bispo para ser fiel ao seu ministério episcopal e fazer valer que em sua diocese ele ensina, santifica e governa, de acordo com as funções próprias do cargo. Na diocese, o Bispo é o mestre, o sacerdote e o administrador nas questões espirituais e temporais.

Com informações de Direto da Sacristia 

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